Escravidão
em Roma.
O Império Romano foi uma das sociedades antigas onde a
utilização da mão-de-obra escrava teve sua mais significativa importância. Em
geral, os escravos trabalhavam nas propriedades dos “patrícios”, um grupo
social romano que detinha o controle da maior parte das terras férteis do
império. Assim como em Atenas, o escravo romano também poderia exercer
diferentes funções ou adquirir a sua própria liberdade. A única restrição
jurídica contra um ex-escravo impedia-o de exercer qualquer cargo público.
No primeiro século as relações entre o escravo e o seu
senhor começaram a sofrer algumas alterações impostas pelo governo romano. Uma
das obrigações essenciais do senhor consistia em dar uma boa alimentação ao seu
escravo e mantê-lo bem vestido. No século I, os senhores foram proibidos de
castigar seus escravos até a morte e, caso o fizessem, poderiam ser julgados
por assassinato. Além disso, um senhor poderia dar parte de suas terras a um
escravo ou libertá-lo sem nenhuma prévia indenização.
Essas medidas em favor dos escravos podem ser vistas como
uma consequência imediata a uma rebelião de escravos, liderada por Espártaco,
que aconteceu em Roma no ano em 70 d. C.. Nos séculos posteriores, as invasões
bárbaras e a redução dos postos militares fizeram com que o escravismo perdesse
sua força dentro da sociedade romana. Com a ascensão da sociedade feudal, a
escravidão perdeu sua predominância dando lugar para as relações servis.
Escrito por: Vitoria Carmo.
Revisado por: Gustavo Mattiello