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A ESCRAVIDÃO NO EGITO


Muitos defendem que no antigo Egito não existiam escravos. Mas o que se tem de mais concreto é que os escravos eram pessoas capturadas em guerra e serviam como mão de obra. Era uma minoria já que em toda a história egípcia, foram poucas as guerras se comparadas com outras civilizações.
Os escravos do antigo Egito possuíam inúmeras diferenças em relação aos “escravos-mercadoria” clássicos. Os escravos egípcios tinham personalidade jurídica, podendo, então, casar-se com pessoas livres, com o filho seguindo o status da mãe, podiam adquirir propriedade, e até mesmo testemunhar contra seus donos. Com relação à alforria, esta só aparece tardiamente, mas sabe-se de casos anteriores à adoção da alforria formal, em que escravos se libertaram pela adoção ou casamento com pessoas livres.
Assim, quando se refere ao trabalho no antigo Egito deve-se prestar atenção no uso do termo “livre” e “escravo”, pois naquela civilização ambos os termos tinham diferentes significados e aplicações do que hoje conhecemos. A expressão “trabalho-livre” deve ser sempre analisada, pois esta serve apenas para opor aquelas pessoas aos escravos, no sentido de que esses trabalhadores não pertenciam a ninguém, a não ser, de certa forma, ao Estado, já que todos estavam diretamente a mercê dos interesses do faraó, como atesta o caso da corveia real, a que todos poderiam ser submetidos, e as cidades dos artesãos construtores de tumbas reais, que eram muradas e vigiadas.

Escrito por: Ana Paula
Editores: Beatriz Nascimento, Thaína França, Matheus Henrique.

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